Pedro Max Fernando de Frontin 

     

    Nasceu em Petrópolis (RJ), no dia 8 de fevereiro de 1867. Era filho de João Gustavo de Frontin e de Eulália Hyppolite Rose de Frontin, franceses.

Fez seus primeiros estudos em uma escola de instrução pública da corte, no externato do Colégio Pedro II e no Colégio Naval. Ingressou, em 1882, na Escola Naval, tornando-se guarda-marinha em 1884 e alcançando nesse mesmo ano o posto de segundo tenente. Foi promovido a primeiro-tenente em 1886, atingindo as patentes de capitão-tenente em 1890 e capitão-de-corveta em 1902.

     Imediato do encouraçado Deodoro, em novembro de 1904 participou da mobilização de forças em resposta ao levante da Escola Militar e, em seguida, na repressão à revolta da vacina que, a pretexto de combater sua obrigatoriedade contra a febre amarela, ensejou o desencadeamento da insatisfação popular contra o Governo. Nomeado comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiros do Rio Grande do Sul, em maio de 1905, permaneceu no cargo até 1906, quando regressou à Capital Federal e assumiu a diretoria da Escola de Timoneiros e o comando do navio-escola Primeiro de Março. Em abril de 1907, foi nomeado chefe de gabinete do ministro da Marinha, almirante Alexandrino de Alencar, mas só ocupou o cargo até dezembro do mesmo ano.

     Promovido a capitão-de-mar-e-guerra em dezembro de 1912. No mês seguinte deixou o comando do Rio Grande do Sul e assumiu a chefia da 1ª Seção do Estado Maior da Armada, que ocupou apenas até maio de 1915, quando foi nomeado comandante do Corpo de Marinheiros Nacional. Em maio, ascendeu à patente de contra-almirante e, em julho, deixou o Corpo de Marinheiros para assumir o comando da 2ª Divisão Naval. No ano seguinte, foi convidado, como embaixador extraordinário, à posse do presidente da Argentina. Com a decretação do armistício, em novembro de 1918, a Divisão Naval em Operações de Guerra retornou ao Brasil, onde chegou em junho de 1919, sendo dissolvida. Em julho, Pedro de Frontin foi nomeado diretor da Escola Naval de Guerra. Em janeiro de 1920 foi escolhido para o posto de chefe do Estado Maior da Armada (EMA).

     Promovido a vice-almirante, em maio de 1920, foi exonerado da chefia do EMA, em novembro de 1922. Em seguida, ocupou o cargo de diretor-geral do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Em novembro de 1926, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar. Eleito vice-presidente em 1931 e reeleito em 1932, ascendeu à presidência do mesmo, em julho de 1934, vindo a ser reeleito em 1936.

     Foi aposentado compulsoriamente em fevereiro de 1938, por ter atingido o limite máximo de idade previsto na Constituição para o cargo. Reformado, em seguida, faleceu no Rio de Janeiro, sem nunca ter se casado, no dia 6 de abril de 1939.